Em anos de crise financeira fomos forçados a alterar hábitos consumistas que se foram adquirindo ao
longo do tempo. Comprar prendas para todos os elementos da família e alguns amigos era um ritual
muito dispendioso, trabalhoso e stressante.
Ir a centros comerciais entupidos de pessoas que se atropelam à procura de prendas de última hora...
Não tenho a mínima ideia do que lhe podemos oferecer? Será que faz o estilo dela? Será que vai
gostar da prenda?
Claro que oferecer uma prenda a alguém de quem gostamos é sem dúvida um prazer, mas o problema
põe-se quando nestas ocasiões se torna uma penosa obrigação e,... será que é assim tão importante
dar a prenda. Não vale mais a nossa presença, o nosso gesto de amizade, o nosso abraço, a nossa
lealdade...
À semelhança do ano anterior, decidimos em família, que no Natal só iríamos oferecer prendas às
crianças. O importante no Natal é o convívio com a família e não o valor material oferecido nos
presentes.
Motivados inicialmente pelas questões económicas, depois acabamos por redescobrir o
verdadeiro sentido do Natal.
Assim estabelecemos um valor máximo de 20 euros para cada prenda para as crianças da família.
Para o nosso pimpolho acabamos por gastar um pouco mais. Distribuímos alguns bombons pela
família. E posso assim oferecer uma prenda melhor á minha cara metade, algo que ele realmente
deseje ter e que em anos anteriores não comprávamos porque já tínhamos gasto muito dinheiro a
comprar coisas para outras pessoas e que não tínhamos a certeza absoluta se íam gostar...
Acabamos por todos poupar algum dinheiro e ninguém fica chateado.
Bom Natal.
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